Pela manhã, à espera da consulta médica, observava, aos poucos e pausadamente, um programa na TV sobre tatuagens e “piercings”. De repente, uma senhora exclama em voz alta ao meu lado: “Oh, lá, ó! Só faltou o rabo!”. Eu dei risada daquele sotaque nordestino a gritar em meio a todos: “Cadê o rabo dela??!!! Cadê? Oxê!!!”. Olhei espantada para a TV e, por mais estranho que pareça, constatei: só faltava o bendito rabo para completar a personagem. A moça exibia chifres implantados na testa e vários piercings no rosto, além de tatuagens características.
No balcão de informações, um senhor já de idade tentava escutar a atendente perguntar: “Qual seu estado civil, senhor?”. Ele indagou à moça cinco vezes a mesma coisa: “Hã?! Quê?”. Até que cansou e disse: “Pode ser casado, né?”. Então, refleti: será que ele não sabe se é casado ou solteiro? Que coisa! Logo retornei ao velho pensamento diário: somos caçadores daquilo que queremos.
Cada um faz sua história: alguns como sapos surdos (como nos contos infantis do sapo que só conseguiu chegar ao topo da montanha porque não ouvia ninguém - críticas ou elogios) e outros como papagaios (imitadores daquilo que escutam e vêem). Por mais isolado que possa parecer, acredito que o caminho do sapo é melhor por ser livre, mas nada leve. E quem me contou este conto, adorava histórias para corações ansiosos como o meu.
Certamente me enxerguei ali, deslumbrada com o sapo, com seus pulos, com seu verde, mas queria ser surda também. Conselhos são ótimas companhias, mas se eles vêm de diversas fontes é como estar parado porque se anda em círculos e o caminhar do homem foi feito para saltos e estratégias. Não se pode esquecer também do maior caçador de todos, o Leão (da Tribo de Judah). Ele é o melhor caçador de pessoas que já existiu porque tem curiosidade de estar face a face com seu objetivo. A caça é um instinto mais humano do que possa parecer, envolve objetivo e determinação.
Retomei, então, o pensamento anterior: se aquela senhora estava certa, onde está o nosso rabo interior? Os caçadores felinos possuem cauda para correr, manter o equilíbrio e ter direcionamento para o foco certo na sua presa. Após um longo período de entressafra (entre o plantio e a colheita), o tempo de atenção para boas caças pode ter chegado para mim. Aquele sotaque “arretado” ao pé do ouvido tinha razão: às vezes precisamos de uma cauda - bem adequada para manter a concentração e o foco. Não tem jeito, somos caçadores de "tudo" e, até mesmo, dessa cauda longa.
Leia, annyme-se, cassideias!
Bises.
No balcão de informações, um senhor já de idade tentava escutar a atendente perguntar: “Qual seu estado civil, senhor?”. Ele indagou à moça cinco vezes a mesma coisa: “Hã?! Quê?”. Até que cansou e disse: “Pode ser casado, né?”. Então, refleti: será que ele não sabe se é casado ou solteiro? Que coisa! Logo retornei ao velho pensamento diário: somos caçadores daquilo que queremos.
Cada um faz sua história: alguns como sapos surdos (como nos contos infantis do sapo que só conseguiu chegar ao topo da montanha porque não ouvia ninguém - críticas ou elogios) e outros como papagaios (imitadores daquilo que escutam e vêem). Por mais isolado que possa parecer, acredito que o caminho do sapo é melhor por ser livre, mas nada leve. E quem me contou este conto, adorava histórias para corações ansiosos como o meu.
Certamente me enxerguei ali, deslumbrada com o sapo, com seus pulos, com seu verde, mas queria ser surda também. Conselhos são ótimas companhias, mas se eles vêm de diversas fontes é como estar parado porque se anda em círculos e o caminhar do homem foi feito para saltos e estratégias. Não se pode esquecer também do maior caçador de todos, o Leão (da Tribo de Judah). Ele é o melhor caçador de pessoas que já existiu porque tem curiosidade de estar face a face com seu objetivo. A caça é um instinto mais humano do que possa parecer, envolve objetivo e determinação.
Retomei, então, o pensamento anterior: se aquela senhora estava certa, onde está o nosso rabo interior? Os caçadores felinos possuem cauda para correr, manter o equilíbrio e ter direcionamento para o foco certo na sua presa. Após um longo período de entressafra (entre o plantio e a colheita), o tempo de atenção para boas caças pode ter chegado para mim. Aquele sotaque “arretado” ao pé do ouvido tinha razão: às vezes precisamos de uma cauda - bem adequada para manter a concentração e o foco. Não tem jeito, somos caçadores de "tudo" e, até mesmo, dessa cauda longa.
Leia, annyme-se, cassideias!
Bises.
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