Aos que sentem desconforto: desabafar é permitido

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Ao passar os olhos por inúmeros escritos, rascunhos e rabiscos constantemente publicados em “murais virtuais”, por fim li algo que fez algum sentido: "Custará toda sua vida construir uma igreja que não vive como o resto do mundo" (John Piper). Esta afirmação soou como: “É impossível mudar o mundo em apenas 100 anos”.

Lembrei do surgimento do Jornal e do afastamento de seu propósito inicial - essencialmente informativo. Nelson Werneck Sodré em “A História da Imprensa no Brasil” escreve que a imprensa brasileira aproximou-se dos padrões e características de uma sociedade burguesa no final do século XIX, em 1895. A imprensa artesanal foi, então, substituída pela imprensa industrial definindo-se uma estrutura empresarial. No século XXI, ou até mesmo antes disso, a Igreja por semelhante modo assumiu essa mesma “nova” estrutura. Não é possível afirmar que foi “ruim”, pois o padrão tradicional já estava corrompido por superstições. A mudança acompanhou os padrões capitalistas desta época.

Hoje, as pessoas vivem exatamente de acordo com o “Resto do Mundo” e é por isso que fica cada vez mais difícil publicar, pensar e explorar novas teorias. Como amante da Comunicação, da Literatura e da história em meio aos formadores de opinião, não encontro mais nada para ler com ânimo a não ser Teorias do Futuro sobre a evolução do Homem e a Internet. É tema do século, desta geração, mas não do ser interior. Um grande mestre e professor que vive há gerações já explanava: “O homem vai se sentir vazio e sem inspiração porque vão faltar encontros em “carne e osso, olhos nos olhos” e história para contar”.

Está consumado: falta harmonia ao redor e faltam limites e espaço no mundo. A paz literária é pequena para uma guerra interna demais, cheia de desabafos para contradizer com o que não se concorda, mas não se pode mudar. Aliás, a Igreja (de modo geral) também está em guerra como o “Resto do Mundo”. Vejo um “Corpo” desengonçado demais para dar passos em unidade e, enfim, caminhar. O “Corpo” precisa aprender a pensar e falar por Cristo(Jesus) e em Cristo. E meu papel é esse mesmo: criticar e pensar nesta mudança porque amar a Igreja também é permitido, mas concordar com o “caminho da prosperidade” pode ser destrutivo (para você mesmo, tá?).

 
 #cassideias

Bjs.


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