Viventes Anônimos iguais a você

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Já ouvi falar em reuniões de pessoas viciadas em algo que não conseguem se libertar. Não foi chocante ouvir falar das reuniões, mas pensar sobre os Viventes Anônimos. O que são? O que fazem? Onde freqüentam? E assim vamos responder essas perguntas.

São pessoas que só querem saber de viver, viver e viver porque não querem desperdiçar um segundo sequer. São pessoas viciadas na vida, seja ela qual for. E nesta intensidade de vivência, conhecem muitas outras pessoas iguais a elas. Fazem amigos, amores, apostas, dramas e conquistas. O intuito delas é conquistar e desbravar os sentimentos pessoais sobre a vida. De fato, conseguem, pois a mente e o coração humano são cheios de sentimentos. Sempre chegam lá, mas a vida não é ilimitada. É disso que os Viventes Anônimos não sabem ou demoram a descobrir. 

Para eles, o essencial é estar em ação, em boa forma, com boas atitudes e sempre acompanhados. E quando param para pensar na vida, desfalecem. Acometidos de um grande desejo de imersão na vida, simplesmente percebem que ela é prejudicial para eles. Desta forma, surgiram os encontros dos Viventes Anônimos para que aceitem que nada é como eles desejam que seja.

Os Viventes Anônimos vivem de jogo com a vida e, por isso, dificilmente se contentam. Perspicazes, não se acomodam jamais, até que... Até que... Bem. Eles param sim quando não há outra forma. Nesta fase, passam a visitar reuniões diferentes, a fazer coisas diferentes e a se interessar por coisas opostas (extravagantes?). Pasmen! O resto da população se choca com algumas atitudes ríspidas deles. 

Entretanto, a explicação para isso não vem de lugar nenhum e apenas se explica porque gostam de viver. E se perguntam: “Seria um pecado tão grande querer viver com tudo dando certo?”. A resposta eles nunca obtêm de nada, nem de ninguém. Mas reclamar pra quê? Nas reuniões dos dependentes da vida, se aprende: “viva um dia de cada vez”. Então, tudo bem se hoje não deu certo. Há dias vindouros, dias de ouro e dias de sangue, suor e lágrimas. Não entendeu? Eu explico: existem dias brilhantes que podem se repetir sempre. Mas há dias tristes e maléficos, como que planejados por conspiradores do mal ou simplesmente “Murphy” os criou. 

A questão complicadora desses viventes é que são preocupados com eles, com os outros e com situações diversas, podendo se sentir arruinados pela vida inteira. E a melhor questão é a facilidade para amnésias voluntárias ou acidentais, como num porre de bebida, por exemplo. Ou até mesmo um esquecimento causado por uma queda em que batem a cabeça no chão. É apenas o esquecimento necessário, temporário. É uma forma de reagir, uma escolha. (Risos)

O que há de melhor? Nada. Quer dizer, a sinceridade ou a "SemSeriedade" é a melhor em todas as fases da vida. Não me cite uma combinação mais realista do que “não levar a sério” a sinceridade entre os humanos. Tudo bem que não é uma característica tão humana assim, mas, para quem se viciou em viver e está tentando parar de ser desse jeito, a sinceridade é essencial para bons e maus momentos. Nos maus, ela machuca a alma, porém destrói toda ilusão. Nos bons, ela eterniza, fortifica e realça toda verdade.

Aos Viventes Anônimos, só desejo uma grande vida. E aos viventes fingidos que não assumem suas verdades escondidas e se mostram sem defeitos, imaculados, os meus sinceros votos de... Ah, deixa para lá! #@$%&**


Com todo bom humor,

Anny Cassis.
 

Muito viva e caçando mais ideias por aí. 

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